(Trabalho apresentado no 4º docomomo Norte/Nordeste)
Emergiam em Natal, em meio aos anos de 1930 e de 1960, novas linguagens na arquitetura. Tendências racionalizantes e elementos da ?arquitetura moderna? disseminavam-se em prédios institucionais, equipamentos públicos e residências particulares. Paralelamente, instalavam-se na capital as primeiras instituições federais encarregadas de intervir diretamente no mercado de moradias por meio do financiamento para construção e aquisição de imóveis, além da produção direta de vilas e de conjuntos: os Institutos de Aposentadorias e Pensões ? IAPs. Atualizados quanto ao debate acerca da ?reformulação da moradia?, profissionais articulados por esses órgãos propuseram obras que traduziram preceitos da arquitetura e do urbanismo modernos por vários centros do país. Nos agrupamentos residenciais propostos para Natal, estes princípios se materializaram especialmente no Conjunto Nova Tirol, concebido e edificado pelo IAPC em 1958. Neste trabalho, objetiva-se discutir a apropriação de novas tendências na arquitetura das moradias individuais, alvo de sua política entre 1946 e 1964. Para tanto, foram identificados e discutidos os ?traços e linhas? que revelavam inovações na moradia, conforme três aspectos: formais, técnicos e espaciais. Os dados primários provêem dos processos prediais arquivados no INSS-RN e armazenados no Banco de dados do HCUrb, sobretudo do material gráfico anexado a 40% desses processos. Verificou-se que novas tendêncas se apresentam em intensidades diferentes ao longo dos períodos, sendo mais ?incisivas? nas décadas de 1950 e 1960, quando profissionais alinhados com a arquitetura moderna passaram a atuar na cidade, e, também, no corpo técnico dos IAPs. PALAVRAS CHAVE: arquitetura modernista, financiamento habitacional, história da moradia,Natal/RN.
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