(Trabalho apresentado no Seminário Latino-americano de Arquitetura e Documentação)
As estações ferroviárias representaram elementos condicionantes de uma nova estruturação das cidades onde estavam localizadas, definindo novos vetores de expansão urbana e novos eixos de concentração e centralização de comércio e serviços. Outro fator historicamente recorrente a tais edificações é a sua característica de marco arquitetônico na paisagem. O edifício tornava-se, logo após sua implantação, uma referência física no traçado das cidades, bem como, um símbolo do progresso, conceito correntemente vinculado às vias férreas durante a transição do século XIX para o XX. Esse legado urbanístico-arquitetônico, que representou um momento importante na constituição das cidades, atualmente, com a desativação de maior parte das linhas férreas no Rio Grande do Norte, vem enfrentando um processo de desaparecimento, degradação, ou de reuso. Portanto, o objetivo do trabalho é compreender o significado das estações de trem, elemento articulador do sistema ferroviário, na formação do patrimônio histórico edílico potiguar e atentar para as suas condições de conservação e preservação por meio da concepção de inventários como forma de registro de tais exemplares arquitetônicos, na perspectiva de sistematizar as tipologias encontradas. Procura-se também identificar possíveis descaracterizações e a adequação dos usos atuais com as conformações físicas das edificações. Palavras-chave: estações ferroviárias, patrimônio, inventário.
Download