A cidade de Mossoró, durante a primeira metade do séc. XX, passou por diferentes momentos em seu crescimento econômico, populacional e de demandas sociais, gerando expansão física e problemas em seu espaço urbano. Esse processo de mudanças demandou intervenções dos poderes públicos e, parte das ações, em confecção de mapas da cidade. Tais peças traduzem as idealizações, expectativas e dificuldades dos diferentes contextos da história mossoroense. O presente trabalho tem por objetivo, portanto, apreender o papel das evidências e características representadas por essas cartografias na expressão do momento de sua elaboração. Assim, pauta-se no princípio que durante a confecção de um mapa é registrado o tempo histórico ao qual está inserido e, por isso, carrega consigo as suas marcas, algumas mais explícitas, outras mais tênues ou mesmo, mesmo a ausência de elementos. Contribuíram para o referencial teórico autores como: Harley, no que se refere à História da Cartografia e Corrêa, no entendimento da Produção do Espaço. Fundamentou-se na análise das plantas de Mossoró organizadas pelo engenheiro Henrique de Novaes, em 1916, e pelo Escritório Saturnino de Brito, em 1953. Ademais, utilizou-se de pesquisas bibliográfica e documental. Por meio do traçado, da sistematização de objetos, motivo da elaboração e autoria, a cartografia possibilitou visualizar as características do espaço em diferentes momentos, onde é possível entender os problemas e anseios, de uma Mossoró em transformação